Na manhã deste domingo (16), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro participaram de um ato em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O evento foi convocado pelo próprio Bolsonaro e reuniu milhares de pessoas, contando com a presença de autoridades políticas e lideranças religiosas.
Entre os participantes estavam os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio de Freitas (São Paulo), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Mauro Mendes (Mato Grosso). Também compareceram os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta, além do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e do pastor Silas Malafaia, coordenador do evento.
Durante o discurso, Jair Bolsonaro defendeu a anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro, argumentando que muitas pessoas teriam sido injustamente punidas. O ex-presidente mencionou nominalmente algumas das condenadas e questionou as acusações feitas contra elas.
O governador Cláudio Castro afirmou que há pessoas presas injustamente e que a anistia deveria ser concedida. Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou que as penas aplicadas seriam desproporcionais e defendeu a aprovação de um projeto de anistia no Congresso Nacional.
A manifestação interditou um trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira.
Além da defesa da anistia, manifestantes também pediram a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a volta de Jair Bolsonaro ao poder. O ex-presidente, que foi condenado em dois processos na Justiça Eleitoral, está inelegível até 2030.
O ato ocorreu a poucos dias do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República que pode tornar Bolsonaro réu. A manifestação foi interpretada por analistas como uma forma de pressionar o Congresso para a aprovação do projeto de anistia.