Veracel e Biomas unem forças para restaurar ecossistemas e impulsionar a bioeconomia no Sul da Bahia

ECONOMIA

Biomas anuncia seu primeiro projeto de restauração florestal na Mata Atlântica

A Biomas, empresa de recuperação de ecossistemas apoiada por Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, anunciou nesta sexta-feira (25) seu primeiro projeto de restauração florestal. A ação vai recuperar 1,2 mil hectares de Mata Atlântica em áreas da Veracel Celulose, no Sul da Bahia, com o plantio de mais de 70 espécies nativas. O investimento inicial será de R$ 55 milhões.

Criada no fim de 2022, a Biomas integra um novo setor que está crescendo no Brasil, combinando geração de emprego, renda e preservação ambiental. O projeto, chamado Muçununga, homenageia um ecossistema típico da região e faz parte da meta de restaurar 2 milhões de hectares de áreas degradadas nos próximos 20 anos.

A recuperação das florestas será financiada pela venda de créditos de carbono — cada crédito representa uma tonelada de CO₂ retirada da atmosfera. A expectativa é gerar cerca de 500 mil créditos ao longo de 40 anos.

Segundo Fabio Sakamoto, CEO da Biomas, o objetivo vai além da venda de créditos de carbono: “Nosso foco é a restauração ecológica, que melhora a qualidade do solo, da água, protege a biodiversidade e regula o clima”, explica. A iniciativa também deve gerar emprego e renda na região.

Sakamoto destaca que o Brasil tem grande potencial para liderar projetos de remoção de carbono graças à sua experiência florestal e vasta área disponível. Relatório de 2024 do Boston Consulting Group (BCG), WWF e The Nature Conservancy (TNC) mostra que o país possui mais de 100 milhões de hectares de pastagens degradadas, uma área equivalente à soma dos territórios da França e da Espanha.

O Projeto Muçununga será realizado na Hileia Baiana, parte do corredor Central da Mata Atlântica, uma das regiões com maior biodiversidade do mundo. Hoje, restam apenas 26,2% da vegetação nativa original, segundo o MapBiomas. As áreas de plantio estão em oito municípios do Sul da Bahia e pertencem à Veracel.

Caio Zanardo, diretor-presidente da Veracel, reforça a importância da parceria: “Estamos reafirmando nosso compromisso com a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Nosso histórico nos coloca como referência em proteção da biodiversidade da Mata Atlântica.”

A Veracel é conhecida pelo manejo sustentável de florestas de eucalipto, mantendo um hectare de Mata Atlântica preservada para cada hectare de plantação de eucalipto. A empresa também apoia projetos de conservação da biodiversidade.

Nos próximos dois anos, a Biomas vai plantar 2 milhões de mudas na área do projeto. Mais de 70 espécies nativas serão usadas, como araçá, copaíba, guapuruvu, ipê-amarelo, jacarandá-da-bahia e jatobá. A alta diversidade de espécies é um diferencial, já que apenas 1% dos projetos de restauração no mundo usam mais de 10 espécies nativas, segundo a MSCI Carbon Markets.

Sobre a Biomas

A Biomas é uma empresa de restauração ecológica criada em 2022, formada por um consórcio inédito entre Itaú, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale. Seu objetivo é restaurar áreas degradadas em grande escala, com impacto positivo para o meio ambiente e a sociedade.

Sobre a Veracel

A Veracel Celulose é uma empresa de bioeconomia brasileira que integra operações florestais, industriais e logísticas. Produz, em média, 1,1 milhão de toneladas de celulose por ano e gera mais de 3,2 mil empregos no Sul da Bahia e no Vale do Jequitinhonha (MG). Além de ser reconhecida como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil, mantém mais de 100 mil hectares de áreas de proteção ambiental e é responsável pela maior Reserva Particular do Patrimônio Natural da Mata Atlântica no Nordeste.

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