O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu o apoio militar à Ucrânia. A Casa Branca confirmou a decisão.
A medida foi tomada após uma discussão entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na última sexta-feira (28.fev), na Casa Branca. Segundo a imprensa americana, o governo dos EUA quer reavaliar o auxílio, argumentando que Zelensky deveria demonstrar interesse em encerrar a guerra com a Rússia.
O confronto
Durante a conversa, Trump acusou Zelensky de “flertar” com uma possível 3ª Guerra Mundial e afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, está disposto a negociar. Zelensky rebateu, dizendo que, após três anos de guerra, várias cidades foram “reduzidas a escombros”.
Trump considerou a postura do ucraniano “desrespeitosa” e, como consequência, os dois países adiaram um acordo sobre exploração de minérios na Ucrânia. Na segunda-feira (3.mar.2025), o presidente americano reforçou sua posição na rede Truth Social:
“Esta é a pior declaração que Zelensky poderia ter feito, e os EUA não vão tolerar isso por muito mais tempo.”
Trump também afirmou que a Europa sabe que a Ucrânia depende do apoio dos EUA e mencionou uma reunião recente entre Zelensky e líderes europeus.
“Era o que eu estava dizendo. Esse cara não quer paz enquanto tiver o apoio dos EUA.”
Apoio financeiro
Desde o início da guerra, os repasses internacionais para a Ucrânia foram contínuos, mas moderados. De janeiro de 2022 a dezembro de 2024, o país recebeu 267,19 bilhões de euros, sendo quase metade (130 bilhões de euros) destinados a apoio militar.