O governo dos Estados Unidos anunciou na noite desta sexta-feira, 14 de março, a expulsão do embaixador da África do Sul em Washington, Ebrahim Rasool. Com essa decisão, ele passa a ser considerado “persona non grata” e não poderá permanecer no país.
A medida ocorre em meio a um período de tensão diplomática entre os dois países. Recentemente, a Casa Branca cortou recursos destinados à África do Sul e não participou da reunião do G20 realizada no país. Além disso, o governo norte-americano declarou apoio a cidadãos sul-africanos que alegam sofrer discriminação.
A decisão de expulsar o embaixador foi anunciada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, após declarações de Rasool que criticaram a postura dos EUA em relação ao governo sul-africano.
O contexto da crise está relacionado à política de reforma agrária da África do Sul, que busca redistribuir terras para corrigir desigualdades históricas. Apesar do fim do Apartheid há três décadas, a concentração de terras e riqueza ainda está majoritariamente nas mãos da população branca.
O empresário sul-africano Elon Musk também se manifestou recentemente sobre o tema, afirmando que sua empresa Starlink não tem permissão para operar na África do Sul devido a questões raciais. As declarações de Musk e as reações internacionais intensificaram o debate sobre o assunto.
Diante dessas circunstâncias, a relação diplomática entre os dois países segue em um momento de incerteza.