A Cortical Labs, empresa australiana, lançou o CL1, o primeiro computador que usa neurônios humanos em seu funcionamento. Apresentado em Barcelona, o dispositivo combina biologia e tecnologia para criar uma inteligência artificial biológica.
Como funciona o CL1?
Diferente dos computadores tradicionais, o CL1 utiliza biochips com microeletrodos para estimular e monitorar neurônios cultivados a partir de células-tronco. Isso permite um processamento mais dinâmico e adaptável, semelhante ao cérebro humano.
Seus principais componentes são:
- Hardware bio-híbrido: biochips que interagem com os neurônios.
- Sistema de suporte vital: mantém os neurônios vivos e ativos.
- Software biOS: cria um ambiente onde os neurônios aprendem e se organizam.
Impacto e benefícios
O CL1 consome menos energia que supercomputadores, reduzindo a pegada de carbono. Além disso, sua capacidade de aprendizado abre portas para avanços em medicina, como estudos neurológicos e desenvolvimento de medicamentos personalizados.
Próximos passos
A empresa planeja lançar a Cortical Cloud, permitindo acesso remoto aos biocomputadores, e trabalha no conceito de “Cérebro Mínimo Viável” para aprimorar a integração entre biologia e tecnologia.
Com previsão de lançamento para a segunda metade de 2025, o CL1 tem potencial para revolucionar áreas como saúde, inteligência artificial e robótica, aproximando a ciência de inovações antes inimagináveis.
