O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu, nesta terça-feira (25), Nísia Trindade do cargo de ministra da Saúde. Essa já é a oitava mudança no alto escalão do governo desde o início do terceiro mandato de Lula.
Quem assume a pasta é Alexandre Padilha, atual ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais. Sua posse está marcada para 6 de março, segundo o Palácio do Planalto.
Nísia enfrentava pressão para dar um tom mais político ao Ministério da Saúde e acelerar entregas consideradas essenciais pelo presidente. Nos últimos meses, as cobranças aumentaram, especialmente em reuniões fechadas com Lula.
Aliados de Nísia reclamaram da falta de apoio de mulheres do governo e do PT para sua permanência no cargo. Primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde, ela foi escolhida por Lula ainda na transição, em dezembro de 2022. Antes disso, presidiu a Fiocruz, onde coordenou o combate à pandemia e criou o “Observatório Covid-19” para monitorar e divulgar informações sobre a crise sanitária.
A troca pode impactar o governo Lula de diferentes formas. De um lado, pode fortalecer a articulação política, já que Padilha é um nome experiente e próximo ao presidente. Por outro, pode gerar descontentamento entre grupos que apoiavam Nísia, especialmente setores da saúde e militantes ligados às pautas de diversidade e ciência. A mudança indica que Lula quer mais agilidade e resultados concretos em sua gestão.
