Governo Reage com Plano de Redução de Impostos para Conter Alta no Preço dos Alimentos

POLÍTICA

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (6/3) um conjunto de medidas para reduzir o preço dos alimentos. Uma das principais ações é zerar os impostos sobre a importação de produtos como café, carnes, azeite de oliva e massas.

Por que isso agora?

As medidas chegam em um momento estratégico, já que 2025 é um ano pré-eleitoral e o governo busca melhorar sua popularidade antes das eleições de 2026. Nos últimos meses, a aprovação do presidente Lula tem caído, e o aumento do custo de vida, especialmente dos alimentos, é um dos principais motivos.

Além disso, nos últimos 12 meses, os preços dos alimentos subiram 7,45%, segundo o IBGE. Alguns produtos tiveram aumentos ainda mais expressivos:

  • Leite longa vida: +16,19%
  • Carnes: +21,17%

Principais medidas anunciadas

  1. Zerar impostos sobre importação de alimentos, como:

    • Café (antes 9%)
    • Azeite de oliva (antes 9%)
    • Óleo de girassol (antes 9%)
    • Milho (antes 7,2%)
    • Açúcar (antes 14%)
    • Sardinha (antes 32%)
    • Biscoitos (antes 16,2%)
    • Massas alimentícias (antes 14,4%)
    • Carnes (antes 10,8%)
  2. Aumento da importação de óleo de palma, passando de 65 mil para 150 mil toneladas, para ampliar a oferta do produto.

  3. Fortalecimento dos estoques reguladores da Conab, para evitar aumentos bruscos nos preços dos alimentos.

  4. Redução do ICMS estadual sobre a cesta básica, em parceria com os governadores, para complementar a isenção já feita pelo governo federal.

  5. Ampliação do Plano Safra, garantindo mais crédito para médios produtores que cultivam alimentos da cesta básica.

Impacto político e econômico

As medidas foram anunciadas após reuniões com ministros e empresários do setor alimentício. O governo espera que essa iniciativa ajude a conter a inflação dos alimentos e melhore sua imagem diante da população.

Com a proximidade do período eleitoral, a gestão federal tenta reagir às críticas e conquistar a confiança dos eleitores, especialmente daqueles que mais sentem o peso da alta nos preços dos alimentos.