O Brasil ficou na 107ª posição entre 180 países no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, divulgado pela ONG Transparência Internacional. Essa é a pior nota e a pior colocação do país desde o início da série histórica do índice, em 2012. Isso mostra um grave retrocesso e reforça como a corrupção continua sendo um grande problema para o Brasil.
A Transparência Internacional destacou pontos preocupantes, como a falta de compromisso do governo com o combate à corrupção. O silêncio do presidente Lula sobre o tema, a permanência de ministros indiciados pela Polícia Federal, e a volta da influência de empresários envolvidos em escândalos são exemplos dessa fragilidade.
Além disso, houve renegociações favoráveis para empresas condenadas na Lava Jato, falta de transparência no Novo PAC e interferência política na Petrobras. No Congresso, a corrupção se fortalece com o uso descontrolado das emendas parlamentares e propostas como a “PEC da Anistia”, que protege partidos de punições. No Judiciário, decisões controversas, como as do ministro Dias Toffoli, enfraquecem o combate à impunidade.
O índice também mostra que o Brasil tem uma pontuação muito baixa (34 pontos), bem abaixo da média das Américas (42) e da média global (43). Isso nos coloca ao lado de países como Argélia, Maláui e Nepal, enquanto Dinamarca, Finlândia e Singapura lideram o ranking com as melhores notas.
O combate à corrupção precisa ser uma prioridade. Um país corrupto afasta investimentos, reduz oportunidades e prejudica a vida de milhões de brasileiros. O Brasil não pode continuar nesse caminho de retrocesso. Transparência, ética e justiça são essenciais para o desenvolvimento da nossa nação.