O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu na última sexta-feira (4) a situação de emergência em Bom Jesus da Lapa e Ibitiara, no oeste da Bahia, por conta da estiagem prolongada.
Com o reconhecimento, as prefeituras desses municípios passam a ter acesso a recursos do Governo Federal para ações emergenciais de defesa civil, como:
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Compra de cestas básicas
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Distribuição de água potável
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Fornecimento de refeições para trabalhadores e voluntários
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Entrega de kits de higiene pessoal, limpeza e dormitório
Bahia tem 85 municípios em situação de emergência
Até o momento, 85 municípios baianos tiveram o estado de emergência reconhecido oficialmente, sendo:
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65 por estiagem
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18 por chuvas intensas
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1 por enxurrada
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1 por alagamento
Municípios do sul e extremo sul da Bahia também enfrentam estiagem severa
Cidades como Boa Nova, Coaraci, Itajuípe e Ubatã, localizadas no sul da Bahia, estão entre as afetadas pela seca. Nesses municípios, os prejuízos são expressivos, especialmente na agricultura e pecuária, principais atividades econômicas da região.
Segundo estimativas, a produção leiteira caiu cerca de 50%, e houve a perda de mais de 10 mil cabeças de gado, provocando colapso na economia rural e aumento do desemprego.
Consequências da estiagem para as cidades e a população
A falta de chuva afeta diversos setores e traz grandes desafios às prefeituras e comunidades:
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Abastecimento de água comprometido: moradores dependem de caminhões-pipa
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Prejuízos econômicos: queda na produção agrícola e comercial
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Danos à saúde pública: dificuldade no acesso à água potável e aumento do risco de doenças
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Êxodo rural: agricultores deixam suas terras por falta de condições de sobrevivência
Veja abaixo a lista completa dos municípios em situação de emergência na Bahia:
Adustina, Anagé, Andorinha, Aracatu, Araci, Aurelino Leal, Barro Alto, Boa Vista do Tupim, Boa Nova, Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Serra, Brejões, Brumado, Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Cansanção, Canudos, Capela do Alto Alegre, Cícero Dantas, Coaraci, Coronel João Sá, Dom Basílio, Fátima, Feira de Santana, Firmino Alves, Floresta Azul, Gandu, Guajeru, Heliópolis, Ibiassucê, Ibitiara, Ibotirama, Igaporã, Irajuba, Itaberaba, Itajuípe, Itambé, Itapebi, Itiúba, Jaguaquara, Lagoa Real, Lajedo do Tabocal, Livramento de Nossa Senhora, Maiquinique, Malhada de Pedras, Mansidão, Manoel Vitorino, Maracás, Marcionílio Souza, Monte Santo, Muquém de São Francisco, Nordestina, Pedro Alexandre, Pilão Arcado, Pintadas, Piripá, Planaltino, Poções, Presidente Jânio Quadros, Remanso, Riachão do Jacuípe, Rio do Antônio, Santa Bárbara, Santa Brígida, Sento Sé, Oliveira dos Brejinhos, Queimadas, Quijingue, Teofilândia, Tremedal, Santaluz, Tucano, Uauá, Ubatã, Valente e Vitória da Conquista.
A importância do apoio emergencial
O reconhecimento da situação de emergência é fundamental para que os municípios recebam apoio rápido, garantindo alívio imediato às populações mais afetadas. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de ações permanentes de convivência com a seca, como a construção de sistemas de abastecimento, barragens e incentivos à agricultura sustentável.